segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Amélia´s running


Domingo de sol, acordo atrasada (novidade) vou de moto e consigo chegar a tempo da largada na Delfim Moreira. Ligo pra Vivi que já me espera desde às 7h45min no pórtico, toda equipada e já aquecida pros 6km Leblon-Copa. Estou finalmente de volta, depois de quase 6 meses longe da deliciosa experiência e da energia das corridas de rua.
Ah, vai, tá bom... tô sem treinar... abandonei a academia e o tênis, desde o episódio com a minha lombar... mas o fato de estar ali naquele ambiente me deu algum tipo de incentivo, algum estímulo, pra voltar a fazer qualquer tipo de atividade física novamente.
Correr que é bom, só os primeiros 100m. Minha mais nova companheira de pistas também não se importou em desacelerar e partir pra caminhada. À nossa direita aquele marzão lindo do Leblon, aquele cheiro de maresia, aquele solzinho de 8 horas da manhã maravilhoso. Muito bom partilhar passadas e risadas com gente que consegue acompanhar nosso ritmo e nossas piadas. Em pouco tempo já estávamos as duas em sintonia: a troca de experiências sobre a educação e peripécias dos filhos, sobre a vida atribulada de super-mães, sobre a convivência pacífica, necessária e edificante com nossos ex-maridos e a constante preocupação com o fortalecimento do link entre eles e nossos filhotes...
Mas como tudo o que é muito sério fica muito chato, lá estávamos nós rindo do nosso próprio desafio. Toda vez que a gente passava por um sinal fechado dava vontade de parar e esperar abrir. Avisei a Vivi pra desacelerar nos pardais, vai que a gente leva uma multa por excesso de velocidade? De repente, eis que avisto uma placa indicando “Pão de açúcar”. Ufa, estamos no caminho certo... Teve também aquela corridinha de auto-ajuda descendo a Francisco Otaviano, pois como disse a Vivi “Aqui não tem mar pra incentivar a gente e o Arpoador ainda é a metade da prova”. Antes, pit stop para fotografar com o Lindberg ou com o Rodrigo Bethlem. Opa, brincadeirinha, era com o cartaz dos 3 km...
Vencendo mais esta barreira, descortina-se Copacabana.
Aí ferrou.
Não sabíamos se a corrida já tinha acabado, ou se havíamos nos perdido. O calçadão já tava cheio de velho, cachorro, gringo, ambulante. Só faltou mulata estilo plataforma sambando no meio da rua, acompanhada de alguma bateria de escola de samba. Quase perdidas, continuamos nossa caminhada, pensando o quanto poderíamos cortar de caminho se fôssemos nadando.
Ainda faltava um quilômetro quando avistamos uma pessoa correndo de volta. Como assim? A mulher já estava voltando? De toalhinha lilásinha, medalhinha, bananinha? No sentido contrário? Vambora, Vivi, se não a gente chega na hora da desmontagem do pórtico...
Enfim chegamos, exaustas, felizes, sedentas.
Final de prova com água de côco no quiosque do Índio, visita ao banheiro subterrâneo da orla, sanduba light e pagodinho no ouvido – que ficou na nossa cabeça pelo resto do dia -  “Amélia não tinha a menor vaidade, Amélia é que era mulher de verdade”.
Será que essa tal de Amélia encarava 6km?
Duvido muito.


3 comentários:

  1. Com certeza a Amelia não ia encarar os 06 km, até pq estaria presa em casa fazendo faxina no domingo rsrsrs!!
    A corrida/caminhada foi muito boa, divertida e cansativa, rsrs. Adorei o papo, o visual da praia e até o calor (ate pq se estivesse chovendo ou nublado não seria a mesma coisa)!
    E vamos com tudo!! Adidas primavera vem aí!!

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  2. EXCELENTE TEXTO!!!!!!!!
    O que eu não sabia era que vc andava de moto...
    Mas, volte SIM às corridas, faz bem... Bem, é o que dizem! eheheh
    Bjs,
    C.

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