terça-feira, 30 de novembro de 2010

Do Rio para o mundo!


Conforme sugestão da minha amiga Carolzita, seguem alguns dados interessantes a respeito do meu blog. Como sou meio lesada, não sabia que os blogueiros tinham acesso a esse tipo de informação, mas fuxicando no meu painel de controle achei todos os dados estatísticos do 'sandrices e etc'. Muuuuuuuuuuito interessante!...

Nesta semana, “Carta para Amanda” continua liderando o ranking de acessos, com 17 visualizações – ô, povo internauta que gosta de uma baixaria...
Esse texto trash (com um total de 101 visualizações até agora) está quase barrando o post mais acessado do meu blog “Eu e o tubo” – um dos meus favoritos – que lidera as estatísticas com a marca impressionante de 107 visualizações em toda a sua existência.
No total, desde a sua criação em agosto de 2010, o blog conta com 24 fiéis seguidores e mais de 1.600 acessos. Pra alguém que só queria publicar alguns textos, sem nenhuma outra pretensão, até que tá bom, né? Os sites de referência às minhas 'sandrices' são, principalmente, meu perfil do Orkut, meu perfil no Facebook e – pasmem! – pela busca do Google.
Curiosamente, o blog é também encontrado através de busca pela imagem dos três mosqueteiros – post em homenagem aos meus melhores amigos de faculdade. Alguém algum dia digitou na busca do google algo como “imagens de box embaçado no banho das crianças” e chegou até o divertido “Hora do Banho”, em que Frederico declara abertamente seu amor por um super-herói em detrimento a todo meu amor materno. Alguns só procuram por 'sandrinha maia' e voilá, estão no meu blog.
Agora, o mais fantástico: tenho leitores em quase todo o globo – meus textos já foram apreciados (ou não) por leitores worlwide: EUA, Austrália (aê, Chris!), Portugal, Suíça, Rússia, Holanda, Espanha e até na Noruega (valeu, Tide! rs).
Lá também se pode saber sabe se o navegador utilizado foi o Internet Explorer, ou o Mozzilla, e vcs podem imaginar mais o que essas santas estatísticas podem dizer....Inclusive enquanto vc está lendo meu blog AGORA, as estatísticas me dizem – in real time.
Não é incrível?
Então, entra, puxa uma cadeira, senta e fica à vontade.
Aqui vc tá em casa.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Terapia Ortodôntica (Amores possíveis)

Este post nasceu no exato momento que minha dentista me disse: “Não existe verdade absoluta, a verdade é sempre relativa. Você pode defender a sua opinião, mas não pode impor a sua opinião como verdade.” Just perfect!

Hoje foi dia de ortodontia. Minha dentista, gente boníssima, mineira daquelas que sempre te recebem com um sorriso no rosto, estava com um semblante mais sério e rugas na testa – envolvida nos problemas amorosos dos filhos. “Filhos criados, problemas dobrados”, ela me disse. “Ainda mais filho homem”, completou, me fazendo refletir quais problemas Frederico poderia me trazer no futuro, rsrsrs. E durante alguns minutos de filosofia, entre equipos e aberturas de aparelhos, ela me presenteou com sua sabedoria e tagarelou muitas coisas que se encaixam e fazem todo sentido para o momento que ando vivendo. E o consultório, num passe de mágica, transformou-se num acolhedor ambiente para terapia. E as histórias – dos seus filhos e de tantas outras pessoas que conhecemos – foram vindo e me fizeram recordar muitas outras tantas estórias incríveis de amor que conheço.

Entre as que vos relato, está a que ela me presenteou nesta manhã. As outras, também verídicas, são de pessoas próximas. Todas elas são tão inacreditavelmente belas que ainda hoje me questiono porque será que este grande piadista – o autor deste estranho livro da vida – faz seus personagens percorrerem as maiores distâncias para enfim alcançarem a tão sonhada felicidade...



Ela abriu a porta e saiu de casa com a roupa do corpo, pra nunca mais voltar. Um passo enorme para os seus trinta e poucos anos de menina, mas ela não podia conviver mais com aquela infelicidade, com a vontade não correspondida de ser mãe, com o egoísmo e a visão individualista do outro. Foi o mais doloroso e difícil passo em direção a sua felicidade, mesmo ela ainda não sabendo. E foi naquele mesmo ano que ele, cansado de procurar o amor e não achar, cansado da frustração de não amar, decidiu visitar a cidadezinha no interior do Mato Grosso onde havia passado a infância, enquanto ela iria passar o carnaval na Chapada. E o destino – aquele piadista da introdução deste post - os coloca lado a lado no avião, e a faz sentar por engano no lugar dele. Somente aquele trecho de um curto bate-papo, e uma despedida sem muita informação durante a conexão, e veio a vontade de ficar mais, de saber mais, de estar mais, perdida naqueles olhos verdes. Acabava ali aquele devaneio - seria humanamente impossível se encontrarem novamente. Mas, como a tecnologia age (quase sempre) em favor da humanidade, a amiga que a acompanhava naquela que seria quiçá a viagem mais importante da sua vida, o encontra na comunidade do Orkut que levava o nome daquela cidadezinha do interior do Mato Grosso... E após as investidas e a inquietude dessa amiga, pós-graduada naquele cursinho de cupido por correspondência, eles finalmente se encontram... e se apaixonam...
Pode-se perceber a força daquele amor novo tão sereno, embalado pela canção daquela estória inimaginável, enquanto os dois deslizam pra fora da capela onde foi celebrado o casamento. E ainda, depois de algum tempo, aquela felicidade conquistada – que começou de forma tão dolorosa com aquele primeiro passo – continua estampada no seu rosto de menina, enquanto embala um gordo bebezinho com nome de anjo que distribui sorrisos pra todos que passam...
 
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Eles eram iguais. Se não iguais, bem parecidos. Custaram a perceber isso. Viveram muitos anos lado a lado, compartilhando apenas aquela afinidade invisível e incomum que une os iguais. Cada um com seus projetos de vida, suas concretizações e seus amores. Não havia nada além daquela invisível sintonia, quando de repente, como um fio desencapado que desencadeia um curto-circuito, se perceberam. Foi apenas um toque e um olhar – olhar verdadeiro, daqueles de fundo de olho – pra entender o quanto sempre se pertenceram. E a presença de um na vida do outro foi algo tão incrível, tão perfeito, tão forte e tão intenso, que mesmo durante aquele curto tempo, aquele amor foi capaz de destruir tudo o que existia em volta: convicções, casamentos, noivados, estruturas, amizades, projetos... Por isso mesmo o amor deles não era possível. Não podia ser. Ela, se não foi por covardia, foi por coragem, fugiu... e foi viver sua vida, onde foi feliz, se casou, teve filhos... ele também se reconstruiu e seguiu adiante. Cada um deu seu jeito de anular o que havia acontecido, até que toda aquela fúria fosse esquecida em suas lembranças. Ela, na urgência de esquecê-lo, havia recorrido ao ódio. Ele havia apenas a deixado cair no esquecimento...
Foram necessários dez anos de ausência pra que um dia nosso autor resolvesse que já era o bastante - aquela estória que havia sido tão verdadeira e mal escrita deveria ter um final mais decente. Não era possível que um amor com aquela intensidade tivesse seu triste fim fadado ao fundo de uma gaveta.
A princípio, não havia esperança nem intenção de se encontrarem novamente. O que se buscava era apenas aquele link perdido. Mas estavam ali, lado a lado como nos velhos tempos. A alegria de estarem juntos novamente, sem rancores, sem dores, sem traumas, trouxe de volta aquela magia que existia no começo – em que eram somente iguais, e compartilhavam aquela afinidade invisível e incomum que une os iguais. E depois daquilo surgiu uma ânsia – ânsia de saber do outro, ânsia de viver em segundos tudo o que não viveram em dez anos, ânsia pra saber dos dez anos de vida do outro que perderam, naqueles poucos momentos juntos.
Mas agora eram somente os dois. Ele se queixava da solidão dos últimos anos. Ela se perguntava do porquê da sua vida não ter dado certo, mesmo com todo o afinco por ela investido.  
E lá estavam sós. Somente os dois e a lua, como testemunha.
E novamente, foi necessário somente um toque e um olhar - olhar verdadeiro, daqueles de fundo de olho – pra entender e aceitar – finalmente – o quanto sempre se pertenceram.
 
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Ele dizia, desde a adolescência, que não se casaria com nenhuma outra, a não ser ela. A família dela - tradicional, riquíssima - ao contrário, achava que ele nunca serviria. Namoraram aquele amor infantil e adolescente. Amavam-se, de forma imatura, ciumenta, egoísta, mas se amavam, era fato. Era um amor de amadurecimento, daqueles que deveriam durar uma vida. Ele chegou a largar os estudos no exterior por ela. Ela fazia tudo por ele. Ao se formar, ele queria ir pra São Paulo. Ela achava que ele deveria ficar por ali. Ele dizia que ali não havia campo pra sua profissão. E em meio a tanta incompreensão e desavenças, mesmo sabendo que o amor dos dois era incontestável, se separaram. Resolveram, após tanto tempo, cada um seguir com sua vida.
Nesse ínterim, ele conheceu a outra. Que o amava também – amava tanto que esquecia de si mesma. Amava tanto que vivia somente pra ele, pra cuidar dele, pra ser dele. Mas ele, apesar de aceitar aquele amor incondicional da outra, só pensava nela. Foi pouco tempo com a outra, porque seu coração, no fundo, no fundo, só batia por ela. Decidiu que tentaria mais uma vez.
Estava tudo combinado. A outra iria embora – sempre soubera não ser dona do seu coração – mas pediu uma noite de despedida. No dia seguinte, ela voltava pra ele, decidida a romper com a família se fosse preciso, pronta pra fazer de tudo pra conquistar de vez a sua felicidade. Aí, o destino, autor desta estória, teve uma grande idéia: durante aquela mesma semana, entre despedidas e chegadas, a outra ficou grávida. 

Ela também.
A família dela - tradicional, riquíssima - achou aquilo tudo um absurdo. Agora ele serviria para ela? Porque ela estava grávida? Não, eles poderiam bancar a filha e o neto. Ele continuava não servindo.
E a outra? Tão frágil, tão dependente, tão só... Tão desprendida, sempre tão disposta a fazer tudo por ele. E assim ele ficou... Cinco anos com a outra. Na tentativa de aprender a amá-la. Na tentativa de retribuir aquele amor incondicional que ela a devotava. Mas o amor verdadeiro, daquele que fazia seu coração bater mais forte, ele sentia mesmo por ela.
Quando se deparou com a morte do pai ele se questionou sobre a solidão. Sobre o curto tempo da vida, sobre realização, sobre felicidade. E decidiu, mais uma e pela última vez, lutar por ela. Se separou da outra. Voltou, de uma vez por todas pros braços dela.
Hoje se casam. Na igreja, de véu e grinalda. Mais por vontade da família dela
- tradicional, riquíssima - que pela vontade deles. Mas se assim for necessário, será feito. Porque o amor dos dois – tantas vezes recortado, tantas vezes prometido – finalmente, poderá ser vivido plenamente.
E ele mesmo sempre havia dito, desde a adolescência, que não se casaria com nenhuma outra.
A não ser ela.  



segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Profile


Esse texto é de 2008... escrevi, na época, pra postar como perfil no meu Orkut... Auto-definição é meio difícil, ainda mais no meu caso, geminiana de nome composto...
Bem, tô tentando resgatar meus textos antigos para postar aqui no blog. 
Meu amigo Beto costuma me dizer que sou de extremos, talvez seja verdade, rsrsrs

Eu sou assim, deste jeito...
Pra mim, não existe meio termo, ou é ou não é.
Vivo nos extremos, não sou perfeita
Ou eu amo ou eu odeio,
Ou eu quero ou eu não quero mesmo,
sem essa de “mais ou menos”, sem essa de “pode ser”
A vida é muito curta pra se viver em cima do muro...

E se eu errar, que me desculpem
Mas eu vou assumir e recomeçar
Nada de historinhas, nem teatros
Vou levantar quantas vezes for preciso
Porque sou assim: intensa, verdadeira...

E se você me quiser, pra qualquer coisa
Queira plenamente
Porque não nasci para ser metade
Eu não nasci para estar à margem
Eu sou completa, presente, inteira...

Na minha vida não existe espaço pra incerteza
Se as coisas acontecerem, beleza
Se não, eu faço acontecer

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Carta para Amanda


Momentinho trash

Primeiramente, gostaria de me desculpar aos meus leitores pelo texto meio trash-baixaria. Num momento de transgressão (e também um pouquinho de falta do que fazer), resolvi escrever este texto para uma certa pessoa – vamos chamá-la de Amanda (personagem fictício, ok? Claro, né, ninguém  acredita que existe uma pessoa tão insana assim, não é mesmo?) que numa situação hipotética  resolveu postar comentários diários nada amistosos no meu blog. Amanda me acusa de ser covarde por não publicá-los. Eu acho que covardia é usar nome fictício pra se fazer de vítima, coisa típica da personalidade de uma eterna “coitada” como Amanda...rsrsrs.
O nome deste post bem que poderia ser Amandices e etc...
Bem, de qualquer forma, depois que terminei o texto, achei divertido. Um pouco cruel – eu nunca fui boazinha mesmo – mas divertido. Definitivamente, nunca poderia ser terapeuta, pois não tenho paciência pra algumas palhaçadas...
Compartilho com vcs.

Querida Amanda,
Quantos anos mesmo você tem, hein? Ah, sim, me lembrei... Tá chegando aos 50, né? Então, Amanda, você já não é mais nenhuma garotinha... o que me faz crer que suas atitudes recentes não tenham sido movidas por conta de uma imaturidade cronológica – coisa que a gente até perdoa... Diante dos fatos, só posso concluir que se existe alguma imaturidade (ou instabilidade) por aqui, é puramente emocional.
Mas por que, Amanda? Dificuldade de lidar com as perdas? Dificuldade de lidar com a vida? Necessidade de atenção, afeto? Carência extrema? Sentimento de perda (que é bem diferente  da dor da perda, específicamente)? Ou simplesmente maluquice?
Ora, querida! Ninguém nunca te falou que o mundo não gira ao seu redor, Amandinha? Inclusive, até bem pouco tempo atrás eu nem me lembrava da sua existência... Escuta o que vou dizer: minhas atitudes e minhas escolhas não têm absolutamente NADA haver com você, aceite isso, por mais duro que isso possa parecer à sua alma egocêntrica...
Ah, sim, você pode ter se acostumado mal, pois sempre manipulou as pessoas, fazendo com que elas fizessem EXATAMENTE aquilo que você desejava... é, Amanda... te acostumaram a viver no mundo de Alice... o mundo real é um pouquinho diferente...
O que mais me impressiona é como alguém que sempre se portou como uma pessoa tão madura, tão inteligente, tão competente, tão profissional – como você, Amanda, no alto do seu pedestal – pode ter transformado a sua rotina numa obsessão ridícula em importunar a vida dos outros. É a sua “infelicidade” que realmente importa? Ou o seu incômodo é ver a felicidade alheia? É a simples constatação do seu fracasso? Ou será que o seu desespero é por não ter mais a quem manipular? Ah, meu Deus, e agora?!?
Sua justificativa, Amanda, de que tudo o que você faz é por amor – pera aí, amor a quem? amor ao seu umbigo?  – felizmente, não cola mais. Suas atitudes insanas, tampouco. Dá uma olhadinha no espelho e veja no que você se tornou – alguém que resume sua própria vida em tentar  – sem sucesso, querida, mil perdões – fazer da vida dos outros um inferno. Coitadinha de você, Amanda! Aliás, coitadinha é um adjetivo que lhe cai muito bem!...
Antes de você julgar minha vida ou a vida de quem me cerca e de quem amo, olhe pra si mesma. Vivemos a conseqüência das nossas escolhas. A gente se arrepende de algumas, mas na maioria das vezes se aprende com elas (inclusive com as não tão bem sucedidas). E pelo que sei – pois também acompanho esta estória bem de pertinho  – você não tem aprendido nada ultimamente, hein? Amanda! Você sempre teve a faca e o queijo na mão! E ainda assim conseguiu deixar a felicidade escorrer pelos dedos, garota, você estragou tudo! Que merda, hein? Quanta incompetência...
Qual o mérito que você acredita ter pra me comentar, me julgar, avaliar se melhorei ou piorei? A maternidade, por exemplo, melhora as pessoas... mas, não vou entrar nessa questão em respeito as suas pseudo-convicções, ok?
Amanda, querida, você pode continuar postando os seus comentários insanos (que mais me parecem uma tremenda dor de cotovelo) que eles continuarão sendo devidamente ignorados... se isso vai servir pra trabalhar esse seu coraçãozinho, tudo bem... Não se preocupe com as pessoas que me cercam, pois elas me conhecem, sempre fui verdadeira. Já você... talvez não te conheçam direito... mas eu consigo perceber longe a sua chantagem emocional – pode deixar que eu saberei “orientar” as pessoas a não caírem mais nas suas artimanhas...
Sem mais “delongas”, seus últimos comentários – sinceramente, como é do seu desejo – me fizeram refletir, sim. Obrigada. E a conclusão que cheguei é que o único sentimento que tenho por você é... indiferença?...
E quanto a sua preocupação extrema com a minha felicidade, um esclarecimento: eu sempre fui feliz, hoje continuo sendo e isso independe de você! Ficou chocada?Desculpa, tá? Não fique triste.
Um beijo, querida.
Durma bem.

PS: Quem “escreve” o que quer, “lê” o que não quer (mas um cursinho de português caía bem, hein? Só pra te ajudar a expressar as idéias de forma mais clara).
Ah, e nunca subestime a inteligência das pessoas. Elas não são idiotas como você sempre  achou que fossem. #fikadika